No estado do Rio Grande do Norte, a denominação para teatro de bonecos é “João Redondo”, em Pernambuco o nome “Mamulengo” se popularizou mais rapidamente, e em outras regiões, encontramos outras variações, “João Minhoca”, “Benedito” e “Babau”. É no estado potiguar que encontramos focos de resistência do teatro de bonecos. Se não fosse pela persistência de alguns, como o mamulengueiro Chico Daniel, o mamulengo estaria fadado ao esquecimento e desaparecimento das praças e feiras do Nordeste. As dificuldades são muitas, como a concorrência com a tecnologia e com o consumismo frenético. Observa-se cada vez mais raras opções de lazer cultural na cidade, essa situação agrava-se mais ainda quando encontramos a indiferença da mídia, cujo objetivo maior é a alienação para melhor vender-se e não transmitir entretenimentos sadios, de fomento da cultura popular. A falta de apropriação das representações teatrais pelos órgãos públicos, produtores culturais e meios de lazer colabora para o pensamento de que o mamulengo é uma atividade lúdica que deve ser lembrada apenas pelos mais velhos e incorporada ao imaginário popular, assim como outros fatos históricos e manifestações culturais.
Nessa perspectiva, é preciso entender que para valorizar um patrimônio imaterial, como o “João Redondo” é preciso conhecer sua origem, sua história, entender que o teatro de bonecos faz parte da história do homem, sendo representado desde a Idade Antiga (Egito, Grécia, Roma, Índia e China) por personagens de camadas mais populares, estes que zombavam dos poderosos, tendo nas falas sempre aspectos críticos e satíricos. Na Idade Média, observou-se que o teatro popular era associado à episódios bíblicos, narrando a história de vida de Jesus, servindo como instrumento facilitador da “catequização” das massas. Já na Idade Moderna, é que os bonecos se afastam dos textos religiosos e se aproximam do profano, criando personagens malandros, desbocados, astutos, que combatiam o poder, a hipocrisia e a arrogância dos poderosos, sempre em figuras de anti-hérois. Em sua forma clássica, podemos ver histórias épicas, como é o caso dos “Beneditos e Baltazares” do “João Redondo” norte-rio grandense, raro descendente dessa tradicional forma teatral.
Com isso, nota-se que o teatro de bonecos esteve presente no tempo e no espaço de vários contextos históricos, sempre como representante mais fiel da voz do povo, e como uma alternativa de riso frente à realidade fria e dura que o proletariado vivia e vive, arrancando o riso de uma platéia, que aprende a descobrir o ridículo, a ironia, o absurdo, a irreverência de si mesmos e de sua realidade, colocando em ação raciocínio e criticidade.
São vários os elementos que compõem o teatro de bonecos brasileiro, houve contribuições de lendas populares, de estórias de cavaleiros sertanejo, e ainda empréstimos de brincadeiras populares como o “Pastoril” e o “Bumba-meu-boi”. Em suma, o teatro de bonecos é o teatro de fazer rir, crianças e adultos, servindo como instrumento facilitador da criatividade humana, é preciso, em poucas palavras, população e agentes culturais do âmbito público e privado atentarem para o possível esquecimento desta prática antiga de entretenimento e distração lúdica.
As manifestações artísticas fundantes precisam ser retiradas do baú do esquecimento, pois a população precisa reivindicar seus direitos, como o direito ao lazer, nada mais justo que as políticas públicas fossem estimuladas a trazerem de volta para as praças, circos e feiras, o teatro de bonecos.
Os benefícios são imensos, a população e visitantes ávidos em conhecer a arte de um povo só teriam a agradecer.
Nessa perspectiva, é preciso entender que para valorizar um patrimônio imaterial, como o “João Redondo” é preciso conhecer sua origem, sua história, entender que o teatro de bonecos faz parte da história do homem, sendo representado desde a Idade Antiga (Egito, Grécia, Roma, Índia e China) por personagens de camadas mais populares, estes que zombavam dos poderosos, tendo nas falas sempre aspectos críticos e satíricos. Na Idade Média, observou-se que o teatro popular era associado à episódios bíblicos, narrando a história de vida de Jesus, servindo como instrumento facilitador da “catequização” das massas. Já na Idade Moderna, é que os bonecos se afastam dos textos religiosos e se aproximam do profano, criando personagens malandros, desbocados, astutos, que combatiam o poder, a hipocrisia e a arrogância dos poderosos, sempre em figuras de anti-hérois. Em sua forma clássica, podemos ver histórias épicas, como é o caso dos “Beneditos e Baltazares” do “João Redondo” norte-rio grandense, raro descendente dessa tradicional forma teatral.
Com isso, nota-se que o teatro de bonecos esteve presente no tempo e no espaço de vários contextos históricos, sempre como representante mais fiel da voz do povo, e como uma alternativa de riso frente à realidade fria e dura que o proletariado vivia e vive, arrancando o riso de uma platéia, que aprende a descobrir o ridículo, a ironia, o absurdo, a irreverência de si mesmos e de sua realidade, colocando em ação raciocínio e criticidade.
São vários os elementos que compõem o teatro de bonecos brasileiro, houve contribuições de lendas populares, de estórias de cavaleiros sertanejo, e ainda empréstimos de brincadeiras populares como o “Pastoril” e o “Bumba-meu-boi”. Em suma, o teatro de bonecos é o teatro de fazer rir, crianças e adultos, servindo como instrumento facilitador da criatividade humana, é preciso, em poucas palavras, população e agentes culturais do âmbito público e privado atentarem para o possível esquecimento desta prática antiga de entretenimento e distração lúdica.
As manifestações artísticas fundantes precisam ser retiradas do baú do esquecimento, pois a população precisa reivindicar seus direitos, como o direito ao lazer, nada mais justo que as políticas públicas fossem estimuladas a trazerem de volta para as praças, circos e feiras, o teatro de bonecos.
Os benefícios são imensos, a população e visitantes ávidos em conhecer a arte de um povo só teriam a agradecer.
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